Por causa da acusação de estupro feita pela personal stylist Sílvia Tavares, o padre Airton Freire pediu afastamento da presidência da Fundação Terra, da qual é fundador. Nesta quinta (8), a entidade informou ao g1 que a então vice-presidente do órgão, Jéssica Mickaelly Pereira, assumiu a função interinamente.
As acusações contra o padre Airton ganharam repercussão no fim de maio, quando Sílvia Tavares foi até o Palácio do Campo das Princesas, no Recife, cobrar ao governo a conclusão do caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil.
Na denúncia, ela afirma que foi estuprada pelo motorista Jailson Leonardo da Silva a mando do religioso, que, segundo ela, se masturbava durante o abuso.
O padre informou a decisão de se afastar das atividades em pedido de licença enviado na quarta (7) ao conselho da fundação.
No documento, o instituidor da Fundação disse que tomou a decisão "em razão dos últimos acontecimentos noticiados pela imprensa, envolvendo minha pessoa em atos não apropriados e, portanto, reprováveis" e por "estar psicologicamente abalado por tais notícias".
O comunicado informa, ainda, que o padre se licenciou da presidência, "passando sua governança para a vice-presidente, Jéssica Mickaelly Pereira", "até que se chegue a um esclarecimento dessa atual situação".
"Peço que se dê conhecimento desse ato a todas as instituições com as quais a Fundação Terra mantém parcerias. Peço, sobretudo, não se esqueçam dos pobres", afirmou o padre no texto.
Procurada, a defesa de padre Airton disse que ele "nega a prática de qualquer ato ilícito e reafirma sua inocência, não sendo verdadeiras as alegações contra ele dirigidas".
"O sacerdote lamenta ter sido alvo de acusações infundadas e injustas e solicitou licença das funções na Fundação Terra para, com serenidade, aguardar o término das investigações", afirma.
O g1 procurou a defesa do motorista Jailson Leonardo da Silva mas, até a publicação da matéria, não obteve resposta.
FONTE: G1
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