2 de julho de 2024

I Seminário de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: realizado com sucesso e bastante prestigiado, no Recife


Sob a pauta: "O Crime Organizado no Brasil e suas ramificações no Nordeste", o primeiro Seminário de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara Federal (realizado fora de Brasília/DF), promovido pelo deputado federal Coronel Meira (PL/PE), através da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) atingiu seu objetivo e foi muito prestigiado. 


O evento, realizado no auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, na última sexta-feira (28), contou com a participação de diversos agentes públicos e demais autoridades como secretários dos governos (federal e estaduais), entidades de classe, membros das polícias civil, da polícia penal e rodoviária federal, das guardas municipais, oficiais de justiça, promotores, além dos policiais e bombeiros militares e parlamentares federais e estaduais. 


Em seu pronunciamento, o presidente da CSPCCO, o deputado federal, Coronel Fraga (PL/DF), questionou a liberação dos 40g de maconha defendido pelo STF. "Já imaginou uma criança ou adolescente levar 40 cigarros de maconha (média tem 1g por cigarro) para vender no colégio? veja o problema que será criado! Sabemos que a maconha é a porta de entrada para as demais drogas", disse Fraga, que afirmou: "É preciso aprimorar a ressocialização dos presos, avançar na reeducação penal e realizar novas ações na segurança pública. O gasto com um presidiário é maior do que com um aluno na educação. Quem deve estar preso, não fica recluso, e, sem falar que eles tem benefícios demais; os presos precisam trabalhar e estudar nos presídios para que, ao sair, não voltem a roubar, matar ou praticar ilícitos". 


O Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia falou que é preciso enfrentar a criminalidade presente dentro dos presídios: "Estamos atrasados (e com pressa) para encontrar alternativas para enfrentar a criminalidade organizada. O sistema prisional deve ser um ambiente adequado para punição e ressocialização. Atualmente temos 72 facções criminosas agindo de dentro dos presídios. Nossa sugestão é criar um regime de segurança nacional onde os estados devem ter atribuições específicas, além disso é preciso colocarmos escutas no parlatórios e proibir visitas íntimas aos presos". 


O deputado estadual, Coronel Alberto Feitosa (PL/PE) citou dados da segurança pública, alertou que o crime continua a crescer e cobrou do governo federal soluções para resolver o problema, assim como lembrou que alguns membros de partidos de esquerda tem ligações e protegem esses criminosos. "Vivemos dias difíceis e o Presidente da República ainda não tem um plano para combater o crime após dois anos de governo. Falta ao Brasil, vontade política para enfrentar o crime e as drogas, a qual não podemos permitir sua liberação, caso contrário vamos virar o país do narcotráfico", afirmou.


Já o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás, Coronel Marcelo Granja informou que o governo Caiado dá todo suporte necessário e estrutura para os profissionais da segurança pública. "Realizamos treinamentos específicos de combate ao crime organizado há mais de 6 anos. Em Goiás, não temos assalto a carro forte, nossas polícias tem estrutura física, não falta munições, temos veículos de ponta, existe forte investimento bélico e realizamos capacitação dos nossos policiais periodicamente. Para resolver a segurança pública, precisamos ter os três 'is': Integração, inteligência e investimento.", afirmou Granja.


"Nossos filhos, mulheres e família tem o direito de sair de casa e voltarem vivos e com seus pertences. Precisamos armar as guardas municipais e transformá-las em polícias municipais. Em Pernambuco só três cidades que têm a guarda armada. Isso não existe, pois a guarda também faz segurança pública e é quem está na ponta, devendo ser equipada conforme Art. 144 §8 CF88", disse o ex-deputado federal Jones Moura (PSD/RJ) que ainda lembrou que o maior índice de suicídio são nas polícias militares devido a sobrecarga e estresse da profissão.


Já Mário Luiz Sarrubo, Secretário Nacional de Segurança Pública, afirmou que a Segurança Pública é o mais importante tema a ser discutido porque envolve direitos humanos e atinge a economia: "Pesquisas apontam que o consumidor paulista paga 4,5 mil reais/ano para custear a segurança, os lojistas chegam a pagar 60 milhões/ano e o banco interamericano de desenvolvimento aponta que o crime custa 3,6% do PIB dos países latinamericanos. Dito isto, é preciso união e dialogo entre a União, Estados e Municípios, assim como entre as polícias civis, militares, federal, penal e rodoviária. Devemos agir de forma estratégica, trocando informações, usando a inteligência e a tecnologia para combater o crime organizado. Fiscalizar nossas fronteiras e aumentar os efetivos policiais.", argumentou.


Encerrando o evento, o ex-capitão do BOPE/RJ e especialista em Segurança Pública, Rodrigo Pimentel, apresentou alternativas para o enfrentamento ao crime organizado.

"Devemos criar uma lista tríplice para apontar os chefes das polícias e comandantes gerais, criar uma lei para afastar qualquer parlamentar que tiver sido investigado por ter algum indício de ligação com milícia ou  bandidos para que não haja qualquer tipo de interferência, além de criar uma Agência de Regulação de armas, para que o cidadão possa ter seu registro sem a burocracia vigente", apontou. 


Rodrigo Pimentel lembrou ainda que as facções como PCC e Comando Vermelho, lutam por território; produzem cigarros falsificados e comercializam várias mercadorias e serviços ilegais (como farinha de trigo para padarias, internet, botijão de gás, tv a cabo, etc). "A milícia oprime o morador, cobra taxa de proteção e diversos serviços com preços exorbitantes, sem falar que no Rio de Janeiro, cerca de 4 milhões de cariocas vivem atrás de uma barricada. É inadmissível pessoas viverem assim; o SAMU nem a limpeza urbana chegam lá. Porque só quem chega é o ex-ministro da justiça?", questionou 


"Eles também são donos de postos de gasolina (chegando a ser a 4ª maior rede do Brasil) o que eles querem é território; precisamos fazer uma lei para aumentar o efetivo da PRF urgentemente, hoje são cerca de 18mil homens, creio que se tivéssemos uns 50 mil PRFs nossas fronteiras estaduais e federais estariam mais protegidas o que dificultaria o tráfico de drogas e o aumento de território", disse Pimentel que alertou: "O jogo do bicho também é crime organizado e mata muito. Na década de setenta levaram drogas para o Rio e hoje são donos de escola de samba. Deixaram de ser bandidos e assasinos para serem membros honorários destas agremiações. É uma máfia..." concluiu.

 

"Nosso seminário foi realizado com sucesso e prestigiado por diversas autoridades, que, de forma apartidária, uniram esforços e apresentaram propostas para o fortalecimento do combate ao crime organizado. Meu especial agradecimento ao Presidente da Comissão, Deputado Coronel Fraga, ao presidente da ALEPE, Álvaro Porto (PSDB), ao especialista, Rodrigo Pimentel, aos demais convidados, ao público presente e a todos que possibilitaram a realização desse evento.", encerrou o Coronel Meira. 



Ainda estiveram presentes, Ênio César, presidente do Movimento ProArmas/PE, Marco Albuquerque, Diretor Administrativo do Sindicato dos Oficiais de Justiça/PE, Daniel Thé, Policial Rodoviário Federal; a vice-presidente da Associação dos Delegados de Pernambuco, Delegada Cláudia Molinna, o Secretário de Defesa Social de Pernambuco, Dr. Alessandro Carvalho, os deputados federais Sargento Gonçalves (PL/RN) e Eriberto Medeiros (PSB/PE), os deputados estaduais, Eriberto Filho (PSB/PE) e Coronel Azevedo (PL/RN), Joel da Harpa e Abimael Santos (ambos do PL/PE), os pré-candidatos a prefeito e vice de Camaragibe, Felipe Dantas e a Dra. Ana Karolina (ambos do PL); o pré-candidato de São Lourenço da Mata, Netinho Lapenda (PRD), os pré-candidatos a vereador no Recife, Dr. Paulo Abou Hana, Lito do Ibura, Netinho Eurico, Rogério Magalhães e Cabo Aênia; Ed Junior, em Belo Jardim; em Camaragibe, Jorginho; em Paulista, Fenícia Meira; além de Alessandro Sarmento, pré-candidato em Olinda (todos do PL).

Nenhum comentário:

Postar um comentário